NOTA DE REPÚDIO AOS ATOS DE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA OCORRIDOS NA CIDADE DE ITAPETINGA BAHIA
O Ilê Axé Ijobá Ogum Alákáyê representada por seu representante legal o babalorixá welmo ty Ogum externa sua repulsa ante aos atos de intolerância religiosa, mais uma vez, ocorridos em itapetinga contra os cultos de matrizes africanas, vitimando toda sociedade praticante da fé de Candomblé.
Os vereadores, Pastor Evandro, Anderson da Nova, Luciano Almeida, Gegê de Bandeira e Tuca da Civil abandonaram a sessão da Câmara de Vereadores de Itapetinga, na noite desta quinta-feira (11), em um ato de Intolerância Religiosa quando acontecia a votação do PROJETO DE LEI Nº 055/2021, de 04 de novembro de 2021,
que “acrescenta o nome Adotiva Almeida a Praça dos Orixás”, homenageando religiões de Matriz Africana, o projeto foi de autoria do vereador Peto (MDB).
A Intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças ou crenças religiosas de terceiros. No Brasil, a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões.
praticantes dos cultos de raízes africanas, motivadas por fundamentalistas de segmentos religiosos contrários à prática do
Candomblé e da Umbanda, que nos leva a reviver em memórias amargas os tempos das Delegacias de Costumes e as práticas da polícia ditatorial do regime de exceção brasileiro, que perseguiam
adeptos de religiões negras, restringindo seus cultos e coagindo a pratica de sua fé. Não se pode, em pleno gozo da democracia e abrigados em uma Nação miscigenada e multiétnica como a brasileira, nos depararmos com expressões de ódio religioso ou qualquer estrutura social que estabeleça a segregação de um povo.
Por todo exposto, em defesa do Estado Democrático de Direito, do Estado Laico e dos Princípios Constitucionais de dignidade e de liberdade de consciência, de religião e de convicção, perpetuados
na Magna Carta Republicana de 1988, em favor da prática da tolerância religiosa e da cultura de paz e em conformidade com seus princípios e missão institucional, nós sacerdote de matriz africana repudia veemente toda pratica que atente contra a dignidade humana, a prática de cultos de matrizes africanas ou seus adeptos, decorrente de misantropia, segregação racial, ou ódio religioso.
Não obstante, pela presente nota de repúdio, esta Sociedade de Matriz Africana solidariza-se com as
vítimas de práticas abomináveis de ódio religioso, com suas representações sacerdotais e entidades de representação dos cultos de matriz africana, enfileirando-se em defesa dos Direitos
Constitucionais e legais que assistem a todos os cidadãos brasileiros.
O Estado é laico e, por dever, deve abrir seu púlpito para todas as vozes. Hoje vestimos branco, pela paz, para que a mácula do ódio e da intolerância não abra em chaga novamente neste país.
Itapetinga 11/11/2021
Babarolixá welmo ty Ogum
Ué… Entendi foi nada. O tal do Welmo pede respeito e acusa os outros de intolerância religiosa,mas o intolerante aqui é ele, me desculpe. Se os edis são evangélicos e se retiraram do recinto,pois não comungam da mesma fé professada pelo senhor Welmo, não é intolerância,e sim a vontade de não participar. WELMO,O BRASIL é uma democracia, é um país plural. Não queira impor aos outros seus ditames nem regimentos. Respeito sim,em primeiro lugar,sempre,mas quer dizer que se eu não me sentir bem com determinada religião ou costume e resolver não participar eu serei intolerante? Reveja seus conceitos,senhor Welmo. Que Deus o abençoe.